Securitizadora: descubra como ela pode ser vantajosa para sua empresa
Uma securitizadora é uma empresa especializada em comprar as dívidas que os consumidores têm com outra empresa.
Ao vender esses débitos, a empresa credora recebe antecipadamente os valores devidos e a securitizadora assume o direito de cobrança, passando a entrar em contato com o devedor para obter o pagamento.
Os valores adquiridos pela securitizadora podem, ainda, ser negociados no mercado financeiro e transformados em títulos, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
Neste artigo, você vai entender mais sobre o processo de securitização, suas vantagens e mais!
Por Pagou Fácil

Sumário:
- O que é securitização?
- Como uma securitizadora funciona na prática?
- Vantagens da securitizadora
- Principais títulos emitidos por securitizadoras
- Qual a diferença entre um FIDC e uma securitizadora?
- Tipos de recebíveis que podem ser securitizados
- Desafios e riscos ao trabalhar com securitizadoras
- Por que escolher o Pagou Fácil para sua empresa?
O que é securitização?
A securitização é um processo em que as dívidas são transformadas em títulos que podem ser comprados e vendidos no mercado financeiro. Para que esse modelo funcione, é necessária a participação da securitizadora, da empresa credora e dos investidores.
A palavra securitização vem dos termos em inglês “securitization” e “securities”, que se referem a títulos de créditos e valores mobiliários. No Brasil, também é conhecida como titularização ou securitização de créditos.
Como uma securitizadora funciona na prática?
A securitizadora funciona como uma ponte entre empresas que precisam de recursos e investidores que buscam oportunidades de rendimento.
Uma securitizadora de crédito adquire o direito de receber dívidas de outras companhias. Esses valores que ela passa a controlar são convertidos em títulos mobiliários, ou seja, papéis que podem ser negociados no mercado financeiro.
Para entender melhor, imagine uma loja que vende um produto parcelado. Em vez de esperar o pagamento de todas as parcelas, que podem atrasar ou não, a loja opta por vender essa dívida a uma securitizadora. Assim, ela antecipa o recebimento do valor total, enquanto a securitizadora assume a responsabilidade de cobrar o cliente.
Entenda o papel de cada agente.
Empresa
Trata-se de uma instituição, geralmente comércio ou prestadora de serviços, que tem valores a receber dos clientes.
Securitizadora
A companhia securitizadora é responsável por adquirir as dívidas e convertê-las em títulos financeiros, atuando como intermediária entre as empresas e os investidores.
Investidores
São os compradores dos títulos advindos dessas dívidas. Eles consideram essa operação vantajosa porque, apesar dos riscos, ela oferece a possibilidade de obter bons rendimentos.
Vantagens da securitizadora
A securitização oferece diversos benefícios para todos os agentes envolvidos no processo. Entenda a seguir as vantagens específicas de cada parte.
Para a empresa originadora
- Resgate imediato dos valores — a empresa consegue receber de forma rápida o dinheiro que estava parado, esperando o pagamento dos clientes.
- Saúde financeira — a tarefa de cobrar inadimplentes fica a cargo da securitizadora, evitando empréstimos bancários, dívidas e problemas no fluxo de caixa.
- Fontes variadas de entradas financeiras — é possível captar recursos, como obtenção de créditos e financiamentos, permitindo que a empresa amplie suas fontes de entrada de dinheiro.
- Organização das finanças — com o recebimento antecipado, as contas ficam em dia, possibilitando um balanço patrimonial mais equilibrado e aumentando a credibilidade da empresa.
- Segurança financeira —menor risco de calotes, já que ao repassar uma parte desses valores, a empresa também transfere o risco de inadimplência.
Para a securitizadora
- Obtenção de lucro — ao comprar dívidas e estruturá-las em títulos negociáveis, são criadas novas oportunidades de lucro por meio da venda desses papéis a investidores.
- Referência no mercado — ao oferecer condições atrativas de negociação das dívidas, a securitizadora fortalece sua posição no mercado.
- Autonomia no mercado — capacidade de atuar em diversos setores, como imobiliário, agronegócio, varejo e crédito pessoal.
- Fomento da economia — comprando dívidas de pessoas físicas, elas ajudam companhias que precisam de dinheiro e oferecem aos investidores novas oportunidades para aumentar seus rendimentos.
Para investidores
- Portfólio diversificado — ao adquirir títulos ligados a diferentes tipos de ativos, os investidores distribuem melhor os riscos, diminuindo as oscilações e equilibrando melhor o investimento.
- Acesso direto a bens e valores — oportunidade de aplicar o dinheiro em diferentes tipos de ativos que, normalmente, estariam fora do alcance de quem não é investidor individual.
- Estabilidade nos ganhos — os títulos resultantes da securitização costumam oferecer pagamentos regulares e com datas definidas, ponto interessante para investidores conservadores.
- Opções personalizadas — a securitização cria vários tipos de títulos, com níveis variados de risco e retorno.
- Investimentos diversificados — para investidores de maior porte, como seguradoras e fundos de pensão, a securitização oferece a chance de expandir seus investimentos de forma alinhada às suas metas e responsabilidades de longo prazo.
Possibilidade de bons rendimentos — conforme o risco que o investidor aceita assumir, os títulos securitizados podem oferecer retornos atrativos, muitas vezes comparáveis ou superiores a outras opções de investimentos de renda fixa.
Principais títulos emitidos por securitizadoras
As securitizadoras emitem diferentes tipos de títulos que variam conforme o tipo de ativo subjacente. Entenda cada um deles!
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs)
Trata-se da securitização de créditos do setor imobiliário, como contratos de aluguel ou financiamento de imóveis. Nesse processo, os CRIs captam recursos para o ramo imobiliário.
As securitizadoras convertem as dívidas em títulos que são negociados no mercado financeiro. Assim, os CRIs se tornam uma alternativa atrativa para quem deseja investir no mercado imobiliário com mais segurança, por meio de papéis de renda fixa que oferecem maior previsibilidade de retorno.
Além disso, os investidores contam com diversas vantagens ao aplicar em CRIs, como:
- retorno financeiro por meio dos juros e amortizações;
- isenção no Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas;
- possibilidade de diversificar o portfólio em diversos projetos imobiliários;
- maior segurança, já que esses títulos costumam ser investimentos com menor possibilidade de risco.
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)
Nesse processo, os créditos do setor agrícola, provenientes do financiamento de equipamentos, vendas de safras ou contratos de exportação, são transformados em títulos negociáveis.
Os CRAs apresentam características específicas no investimento, que são:
- CRA Corporativo — relaciona o risco a uma única empresa ou grande produtor, que emite o CRA para financiar suas operações. Os riscos envolvem a região de atuação, condições climáticas, regularização da terra, saúde financeira etc.
- CRA Diversificado — o risco neste tipo de aplicação está ligado a uma carteira formada por vários devedores, normalmente entre 2 e 100. Cada devedor responde por no máximo 3% do valor total. Os riscos dessa operação incluem variações no número de devedores a cada safra, condições das apólices e garantias oferecidas.
Os benefícios nessas aplicações são similares aos dos CRIs, destacando-se a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas, a possibilidade de diversificar o portfólio, boa rentabilidade e maior segurança para o investidor.
Os CRAs desempenham um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país, pois garantem aos produtores rurais e ao agronegócio o acesso rápido aos recursos financeiros.
Ao mesmo tempo, oferecem aos investidores a oportunidade de aplicar em um setor estratégico e de grande importância para a economia.
Debêntures e outros títulos
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos. A securitização é um dos meios para conseguir essa operação, na qual a empresa transfere seus direitos de recebimento para uma securitizadora e recebe o valor à vista.
Por exemplo, se uma empresa vendeu mercadorias a prazo, mas precisa do dinheiro imediatamente, ela pode vender essa dívida para uma securitizadora, que passa a cobrar o cliente e converte os créditos em debêntures para captar o valor integral com investidores.
Além das debêntures, há também a securitização de cartões de crédito, que transforma os pagamentos futuros dos consumidores em títulos negociáveis, permitindo que as empresas recebam o valor parcelado à vista, enquanto investidores compram esses títulos para obter retornos com os pagamentos realizados pelos clientes.
Dessa forma, as dívidas de cartão de crédito são vendidas para as securitizadoras que, por sua vez, repassam os valores ao comerciante de forma antecipada, garantido liquidez imediata.
Qual a diferença entre um FIDC e uma securitizadora?
Tanto o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) quanto a securitizadora realizam operações de antecipação de crédito, mas utilizam métodos distintos.
A principal diferença é que o FIDC é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e deve cumprir normas rigorosas relacionadas à transparência, gestão de riscos para proteger os investidores, além de prestar contas regularmente.
O FIDC compra direitos de recebimento de vários setores, como financiamentos, contratos de aluguel e duplicatas. Quando uma empresa ou pessoa tem valores a receber no futuro, pode vender esses créditos para um FIDC, que paga à vista, mas por um valor menor.
Já os investidores compram cotas do fundo e, assim, fornecem os recursos necessários para que o FIDC adquira os recebíveis dos credores.
Além disso, o funcionamento do FIDC depende da participação de dois profissionais autorizados pela CVM: um gestor de recursos (pessoa física ou jurídica) e um administrador fiduciário (pessoa jurídica).
A seguir, veja as principais diferenças entre FIDC e securitizadora.
FIDC | Securitizadora | |
---|---|---|
Estrutura | Fundo de investimento com gestor e administrador fiduciário autorizados pela CVM. | Empresa especializada que compra dívidas e as transforma em títulos negociáveis. |
Operação | Compra direitos de recebimento de diversos setores e emite cotas para investidores. | Compra as dívidas das empresas e as transformam em títulos mobiliários para venda no mercado. |
Regulamentação | Regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com normas de transparência e gestão de riscos. | Regulamentada pela CVM com regras menos rígidas e pela Lei da Securitização. |
Risco | Gestão de riscos obrigatória, com transparência para proteção dos investidores . | Risco associado aos créditos comprados, com menor supervisão regulatória e responsabilidade da securitizadora na cobrança. |
Tipos de recebíveis que podem ser securitizados
- Créditos financeiros — financiamentos, empréstimos, hipotecas e leasings;
- Recebíveis imobiliários — créditos provenientes de financiamentos imobiliários, contratos de aluguel, aquisição ou construção de imóveis;
- Recebíveis do agronegócio — títulos lastreados em créditos originados de operações agrícolas, como financiamento de insumos, maquinários ou comercialização de safras;
- Ativos empresariais — duplicatas, cheques, contratos de aluguel, empréstimos, vendas no cartão de crédito, entre outros créditos comerciais.
Desafios e riscos ao trabalhar com securitizadoras
- Risco de inadimplência —os devedores originais podem não pagar o que devem, comprometendo o retorno esperado dos títulos que foram vendidos aos investidores;
- Instabilidade no mercado — em momentos de incerteza econômica, pode ser mais difícil vender esses títulos, o que reduz a flexibilidade dos investidores para se desfazerem dos ativos quando desejarem;
- Variações nos valores — mudanças nas condições do mercado, especialmente nas variações das taxas de juros, podem influenciar diretamente o preço dos títulos securitizados, podendo fazer com que eles percam valor ao longo do tempo.
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