Dívida judicial pode ser parcelada: entenda regras e possibilidades
A dívida judicial pode ser parcelada. A legislação brasileira permite que o devedor solicite o parcelamento do valor cobrado em juízo, por meio de um acordo com o credor ou por um pedido formal ao juiz.
Isso pode ser a solução ideal para você que está com dificuldades financeiras e precisa evitar a temida penhora dos bens. Saiba mais no artigo a seguir!
Por Pagou Fácil

Sumário:
- O que é uma dívida judicial e como ela se forma?
- Como funciona o parcelamento de dívidas judiciais?
- Como pagar uma dívida judicial se não tenho dinheiro?
- Quanto tempo dura uma dívida judicial?
- O que acontece se o devedor não tiver bens para penhorar?
- Vantagens do parcelamento para o devedor
- Como funciona uma execução judicial?
- Negocie suas dívidas com o Pagou Fácil
O que é uma dívida judicial e como ela se forma?
Uma dívida judicial é aquela que passou da fase administrativa ou extrajudicial e foi levada ao judiciário para uma cobrança forçada. Isso acontece quando o credor não recebe o valor do devedor e decide entrar com uma ação de execução ou cobrança.
O processo se inicia com uma petição inicial do credor. Se o juiz considerar os documentos válidos, o devedor será informado oficialmente. A partir disso, o devedor tem um prazo para pagar ou se defender.
Caso o devedor não se manifeste ou não pague, a dívida ganha caráter judicial e passa a estar sujeita a regras e prazos mais rígidos. A partir daí, o devedor precisa agir rápido para evitar que a situação se complique ainda mais.
Como funciona o parcelamento de dívidas judiciais?
Sendo uma das principais alternativas legais para quem quer resolver uma dívida judicial, o parcelamento segue alguns critérios. Uma das opções mais comuns é o parcelamento com entrada de 30% do valor total e o restante dividido em até 6 parcelas mensais.
Mas também é possível negociar diretamente com o credor. Nesse caso, os termos do acordo podem ser mais flexíveis, desde que homologados pelo juiz. Para você entender melhor, veja as etapas do parcelamento de dívida judicial a seguir.
- Análise do processo: o devedor ou seu advogado deve verificar se ainda há tempo e condições de solicitar o parcelamento;
- Pedido ao juiz: é necessário protocolar uma petição explicando a proposta de pagamento, com valores e prazos;
- Pagamento da entrada: a primeira parcela (geralmente 30% do total) deve ser paga imediatamente após o pedido;
- Aprovação do juiz: se a proposta estiver dentro dos critérios legais, o juiz homologa o parcelamento;
- Cumprimento do acordo: as parcelas restantes devem ser quitadas conforme o combinado. Durante o pagamento das parcelas, o processo é suspenso e as medidas ficam interrompidas.
Como pagar uma dívida judicial se não tenho dinheiro?
Negociar com o credor é sempre a melhor solução. Muitas vezes, ele está mais interessado em receber aos poucos do que continuar em um processo longo e incerto.
Para isso, você pode contar com a Lei do Superendividamento, programas de renegociação judicial de dívidas ou plataformas que facilitem esse processo.
O Pagou Fácil, por exemplo, é uma plataforma online que ajuda pessoas físicas e jurídicas a negociar dívidas sem sair de casa. Basta acessar para:
- consultar obrigações usando o CPF ou CNPJ;
- simular acordos e parcelas com base no que é melhor para seu bolso;
formalizar propostas de pagamento e sair das dívidas.
O que acontece se eu não pagar um acordo judicial?
Descumprir um acordo judicial para parcelamento também pode trazer consequências sérias para o devedor. Veja o que pode acontecer!
- Multa contratual e juros: pode gerar acréscimos automáticos ao valor da dívida, como multa de 10% a 20% e novos juros legais;
- Reativação do processo de execução: o juiz pode retomar a cobrança judicial com medidas mais duras, como penhora e bloqueio de contas bancárias;
- Penhora de bens: imóveis, veículos e outros bens registrados em nome do devedor podem ser penhorados para garantir o pagamento da dívida;
- Bloqueio de contas bancárias: o valor devido pode ser retirado diretamente de contas bancárias, inclusive com bloqueios diários;
- Desconto em folha de pagamento: em certos casos, o juiz pode determinar o desconto direto dos salários ou rendimentos do devedor;
- Nome negativado: não pagar o acordo pode resultar na inscrição do nome do devedor em órgãos de proteção ao crédito, dificultando acesso ao crédito;
- Perda de credibilidade: a inadimplência de um acordo dificulta novas tentativas de parcelamento ou negociação de dívida em processo.
Quanto tempo dura uma dívida judicial?
O tempo de duração de uma dívida judicial depende de diversos fatores, como o tipo da dívida, a atuação das partes e a estrutura do judiciário local. Em resumo, as dívidas podem ter o seguinte prazo:
- dívidas civis prescrevem em até 10 anos, em geral;
- títulos executivos judiciais prescrevem em até 5 anos;
- dívidas trabalhistas são cobradas em até 2 anos, mas prescrevem em 5 anos.
Mesmo com a prescrição, enquanto o processo estiver ativo e forem feitas tentativas de cobrança, a dívida perdura.
Somente após o prazo de prescrição, e com inatividade, é que o processo pode ser extinto. No entanto, se forem encontrados bens do devedor, o processo pode ser reativado a qualquer momento, mesmo após anos arquivado.
O que acontece se o devedor não tiver bens para penhorar?
Quando o devedor não possui bens registrados, valores em conta ou patrimônio identificável, o juiz pode suspender o processo de execução por até um ano. Esse período é conhecido como suspensão por inexistência de bens penhoráveis.
Durante esse ano, o processo fica parado, mas ainda ativo. Caso nenhum bem seja localizado após esse prazo, o processo é arquivado. Isso não significa que a dívida desaparece. Ela ainda pode ser cobrada futuramente, se o credor encontrar patrimônio.
Atualmente, é possível realizar bloqueios automáticos em contas bancárias do devedor por até 30 dias consecutivos — o que é chamado de sistema “teimosinha”. Isso impede o devedor de retirar os valores após a primeira tentativa de bloqueio.
Vantagens do parcelamento para o devedor
Confira os principais benefícios do parcelamento de dívida judicial.
Suspensão das medidas de execução forçada
Ao optar pelo parcelamento, o processo de execução é suspenso, desde que as parcelas sejam pagas corretamente. Isso significa que o devedor fica protegido de medidas como penhora de imóveis, bloqueio de contas bancárias e leilão de bens.
A suspensão do processo por parcelamento permite que você organize suas finanças com mais tranquilidade, sem o temor de perder patrimônio.
Redução de multas e juros adicionais
Quando uma dívida judicial não é paga no prazo determinado, o valor pode aumentar bastante devido à aplicação de multas legais de até 20% e juros de mora.
O parcelamento evita esse aumento, permitindo que o devedor quite o débito com condições mais próximas do valor original. Além disso, em muitos acordos, o credor pode aceitar reduzir encargos e oferecer condições mais favoráveis, principalmente quando o devedor demonstra boa-fé.
Sem nome sujo nos birôs de crédito
A negativação do nome pode gerar uma série de obstáculos para o devedor, como dificuldade em obter crédito e alugar imóveis. Ao negociar e parcelar a dívida judicial, o devedor evita essa situação, recuperando sua reputação no mercado financeiro.
Mais organização financeira e previsibilidade
Diferentemente do pagamento integral exigido nas ações de execução, o parcelamento permite que o valor da dívida seja dividido em partes que cabem no seu orçamento mensal.
Isso te dá mais previsibilidade e ajuda a criar um planejamento financeiro, evitando, assim, que você comprometa toda sua renda em uma única dívida.
Como funciona uma execução judicial?
A execução é o processo em que o juiz força o devedor a pagar uma dívida reconhecida judicialmente. Após ser informado, o devedor tem 3 dias para quitar o valor.
Se não pagar, são executadas medidas como o bloqueio de contas bancárias, penhora de bens e imóveis e até descontos na folha de pagamento. A execução judicial costuma gerar altos custos e deve ser evitada sempre que possível com um acordo prévio.
Negocie suas dívidas com o Pagou Fácil
Se você está enfrentando um endividamento e não sabe como lidar com um processo judicial de cobrança, saiba que você pode solucionar isso direto do seu celular.
O Pagou Fácil é uma plataforma 100% segura que facilita a negociação de dívidas judiciais, oferecendo suporte na consulta e na formalização do acordo:
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- evite penhora de bens, bloqueio de contas e a negativação.